quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

06 DE JANEIRO - FOLIA DE REIS

Na Antigüidade, muitas festas pagãs comemoravam as divindades celebradas por diversos povos, como os romanos, por exemplo, que cultuavam o Deus-Sol Invencível em festejos que depois foram adotados pelos egípcios. A festa romana e a egípcia eram realizadas em datas diferentes, mas com intervalo de poucos dias, e no ano 138 foram regulamentadas pelo papa São Telésforo, a quem é atribuída, juntamente com São Hilário, a celebração da Missa do Galo e da oração “Gloria in excelso Deo” . Mais tarde, em 378, o papa Júlio I considerou que como não havia data fixa para comemorar o nascimento de Jesus Cristo, o dia 25 de dezembro seria dedicado a essa recordação, ficando o 6 de janeiro como dia de Reis.

A partir daí as festas da Natividade pouco a pouco foram sendo acrescidas de elementos diversos, como as figuras de Gaspar, Melchior e Baltasar, os três reis magos que, segundo a lenda, foram do Oriente à Judéia para adorar Jesus Cristo, e que por volta do ano 1600 passaram a fazer parte das comemorações. Eles levavam consigo ouro, incenso e mirra, que representam a dimensão do Messias: o ouro, simbolizando sua realeza; o incenso, a divindade; e a mirra, a humanidade, porque o óleo de mirra era então usado para embalsamar os mortos. Uma tradição revela que mais tarde São Tomé batizou os três reis magos, e partir daí eles pregaram o Evangelho em seus países.

A festa foi trazida ao Brasil pelos portugueses, que a comemoravam em sua terra mais como divertimento. Entre nós ela adquiriu o espírito religioso que conserva até hoje, sendo desenvolvida com características próprias e transformando-se em manifestação folclórica de rara beleza. Seu início acontece no dia 24 de dezembro, véspera de Natal, prosseguindo até o dia 2 de fevereiro, período em que grupos festivos de pessoas saem cantando ao som de violão, sanfona, cavaquinho, pandeiro, reco-reco, pistão, chocalho, triângulo, tantãs e outros instrumentos, exaltando o Deus Menino e percorrendo as ruas da zona urbana, indo de porta em porta em busca de oferendas que podem variar de um prato de comida a uma xícara de café. É a chamada “banda de folia de reis”, ou “música de folia de reis”. Quando ela passa por sítios e fazendas da zona rural, tem o nome de “caixa de folia de reis”. O chefe do grupo é denominado “alferes de folia de reis”, e eles seguem seu caminho representando pequenas peças teatrais e cantando à porta das casas, cujos moradores lhes oferecem comida, bebida e esmolas que serão utilizadas no dia de Reis, considerado o dia da gratidão.



fote: http://recantodasletras.uol.com.br/resenhas/595509

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