sexta-feira, 27 de maio de 2011

Carta aos agentes de música litúrgica do Brasil

CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL
Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia
Música Litúrgica
Brasília-DF, 25 de setembro de 2008

Carta aos agentes de música litúrgica do Brasil
A liturgia ocupa um lugar central em toda a ação evangelizadora da Igreja. Ela é o “cume para o qual
tende a ação da Igreja e, ao mesmo tempo, a fonte de onde emana toda a sua força” (SC 10). Nela, o discípulo realiza o mais íntimo encontro com seu Senhor e dela recebe a motivação e a força máximas para a sua missão na Igreja e no mundo (cf. DGAE nº 67).
Há uma relação muito profunda entre beleza e liturgia. Beleza não como mero esteticismo, mas como modalidade pela qual a verdade do amor de Deus em Cristo nos alcança, fascina e arrebata, fazendo-nos sair de nós mesmos e atraindo-nos assim para a nossa verdadeira vocação: o amor (cf. SCa 35). Unida ao espaço litúrgico, a música é genuína expressão de beleza, tem especial capacidade de atingir os corações e, na liturgia, grande eficácia pedagógica para levá-los a penetrar no mistério celebrado.
Acompanhamos, com entusiasmo e alegria, o florescer de grupos de canto e música litúrgica, grupos instrumentais e vocais, que exercem o importante ministério de zelar pela beleza e profundidade da liturgia através do canto e da música. Sua animação e criatividade encantam muitos daqueles que participam das celebrações litúrgicas em nossas comunidades. Ao soar dos primeiros acordes e ao canto da primeira nota, sentimos mais profundamente a presença de Deus. Lembramos alguns aspectos importantes que contribuem para a grandeza do mistério celebrado:
1. A importância da letra na música litúrgica - a letra tem a primazia, a música está a seu serviço. A descoberta da beleza de um canto litúrgico passa necessariamente pela análise cuidadosa do conteúdo do texto e da poesia. A beleza estética não é o único critério. Muitas músicas cantadas em nossas liturgias estão distanciadas do contexto celebrativo. “Verdadeiramente, em liturgia, não podemos dizer que tanto vale um cântico como outro; é necessário evitar a improvisação genérica e o canto deve integrar-se na forma própria da celebração” (SCa 42). Não é possível cantar qualquer canto em qualquer momento ou em qualquer tempo. O canto “precisa estar intimamente vinculado ao rito, ou seja, ao momento celebrativo e ao tempo litúrgico” (DGAE 76). Antes de escolher um canto litúrgico é preciso aprofundar o sentido dos textos bíblicos, do tempo litúrgico, da festa celebrada e do momento ritual.
2. A participação da assembléia no canto - o Concílio Vaticano II enfatiza a participação ativa, consciente, plena, frutuosa, externa e interna de todos os fiéis (cf. SC 14). O canto litúrgico não é  propriedade particular de um cantor, animador, ou de um seleto grupo de cantores. A liturgia permite alguns momentos para solos (tanto vocais quanto instrumentais), porém a assembléia deve ter prioridade na execução dos cantos litúrgicos. O animador ou o cantor tem a importante missão, como elemento intrínseco ao serviço que presta à comunidade, de favorecer o canto da assembléia, ora sustentando, ora fazendo pequenos gestos de regência, contribuindo para a participação ativa de toda a comunidade celebrante.
3. Cuidado com o volume dos instrumentos e microfones - em muitas comunidades, o excessivo volume dos instrumentos, como também a grande quantidade de microfones para os cantores, às vezes, não contribuem para um mergulho no mistério celebrado, antes, provocam a agitação interior e a dispersão, além de inibir a participação da assembléia no canto. Pede-se cuidado com o volume do som, a fim de que as celebrações sejam mais orantes , pois tudo deve contribuir para a beleza do momento ritual.
4. Cultivar uma espiritualidade litúrgica - os cantores e instrumentistas exercem um verdadeiro ministério litúrgico (SC 29). A celebração não é um momento para fazer um show, para apresentação de qualidades e aptidões. Os cantores e instrumentistas devem, antes de tudo, mergulhar no mistério, ouvir e acolher com a devida atenção a Palavra de Deus e participar intensamente de todos os momentos da celebração. Música litúrgica e espiritualidade litúrgica devem andar juntas, são duas asas de um mesmo vôo, duas nascentes de uma mesma fonte. Invocamos as luzes do Espírito Santo sobre todos os agentes de música litúrgica de nosso país.
Reconhecemos o valor do ministério exercido a serviço de celebrações reveladoras da beleza suprema do Deus criador e da atualização do Mistério Pascal de Jesus Cristo.

D. Joviano de Lima Júnior, SSS
Arcebispo de Ribeirão Preto e
Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia

quinta-feira, 26 de maio de 2011

quarta-feira, 25 de maio de 2011

SANTA CECILIA, ROGAI POR NÓS!

E aê, pessoal!

Estava buscando a história de Santa Cecília. Encontrei três. Sabe-se que não existe muita coisa escrita sobre a venerável padroeira dos músicos, por isso estou postando as três. Textos diferentes, porém retratando a mesma pessoa, que vive para Deus e morre sem curvar-se para nenhum outro.  Que seus exemplos nos sirvam em nosso caminho para o céu.
FLima

1-      BIOGRAFIA DE SANTA CECÍLIA

Mártir da igreja cristã do início do século III nascida m Roma, considerada, desde o século XV, a padroeira da música, por seu talento com a harpa. De família nobre, cedo se converteu ao cristianismo e diariamente assistia às missas celebradas pelo papa Urbano, na Via Ápia, onde era rodeada por pobres a espera das suas habituais doações. Obstinada em permanecer virgem, ao se casar com o pagão Valeriano, a quem fora prometida, afirmou-lhe estar sob a proteção de um anjo e que só podia dedicar-se a Deus e, além disso, se ele se convertesse também seria capaz de ver e ser amado por seu anjo protetor. Tal foi sua firmeza que o noivo, impressionado, decidiu se batizar. Ao voltar da cerimônia de batismo, celebrada pelo papa Urbano I, Valeriano encontrou a esposa em oração, com a figura do anjo a seu lado e partiu para converter imediatamente seu irmão Tibúrcio. Ao saber da conversão dos irmãos, Almáquio, o todo-poderoso prefeito de Roma, mandou decapitá-los. Depois, segundo a tradição, Almáquio interrogou a santa sobre os bens da família, mas esta afirmou que tinham sido doados aos pobres. Furioso, ele mandou então decapitá-la, porém por três vezes a lâmina caiu sobre sua cabeça sem que esta se separasse do corpo. O milagre deveu-se ao fato de que ela desejava ver pela última vez o papa Urbano. Três dias depois ele foi visitá-la no cárcere e só assim ela entregou sua alma a Deus. A estátua em mármore da santa, de Stefano Maderno, decora seu mausoléu em Roma e é sua data de culto é 22 de novembro. A história dessa santa é repleta de exageros e fatos até improváveis de terem acontecido. Porém é seu grande exemplo de determinação o que mais conta, mostrando que devemos ser leais aos nossos propósitos de vida e persistentes para alcançá-los.

http://www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia_c_1829.html


2-      HISTÓRIA DE SANTA CECÍLIA, A PADROEIRA DOS MÚSICOS

Santa Cecília é uma santa católica, padroeira dos músicos. Não se tem muitas informações sobre a vida de Santa Cecília. É provável que tenha sido martirizada entre 176 e 180, sob o império de Marco Aurélio. Escavações arqueológicas não deixam dúvidas sobre a sua existência.
Segundo a Paixão de Santa Cecília, escrita no século V, Cecília seria da nobre família romana dos Metelos, filha de senador romano e cristã desde a infância.
Os pais de Cecília, sem que a filha soubesse, prometeram-na em casamento a um jovem patrício romano, chamado Valeriano. Se bem que tivesse alegado os motivos que a levavam a não aceitar este contrato, a vontade dos pais se impôs de maneira a tornar-lhe inútil qualquer resistência. Assim se marcaria o dia do casamento e tudo estava preparado para a grande cerimônia.
Da alegria geral que estampava nos rostos de todos, só Cecília fazia exceção. A túnica dourada e alvejante peplo que vestia não deixavam adivinhar que por baixo existia o cilício, e no coração lhe reinasse a tristeza.
Estando só com o noivo, disse-lhe Cecília com toda a amabilidade e não menos firmeza: “Valeriano, acho-me sob a proteção direta de um Anjo que me defende e guarda minha virgindade. Não queiras, portanto, fazer coisa alguma contra mim, o que provocaria a ira de Deus contra ti”. A estas palavras, incompreensíveis para um pagão, Cecília fez seguir a declaração de ser cristã e obrigada por um voto que tinha feito a Deus de guardar a pureza virginal.

Disse-lhe mais: que a fidelidade ao voto trazia a bênção, a violação, porém, o castigo de Deus. Valeriano vivamente impressionado com as declarações da noiva, respeitou-lhe a virgindade, converteu-se e recebeu o batismo naquela mesma noite. Valeriano relatou ao irmão Tibúrcio o que tinha passado e conseguiu que também este se tornasse cristão.
Turcius Almachius, prefeito de Roma, teve conhecimento da conversão do dois irmãos. Citou-os perante o tribunal e exigiu peremptoriamente que abandonassem, sob pena de morte, a religião que tinham abraçado. Diante da formal recusa, foram condenados à morte e decapitados.
Também Cecília teve de comparecer na presença do irredutível juiz. Antes de mais nada, foi intimada a revelar onde se achavam escondidos os tesouros dos dois sentenciados.
Cecília respondeu-lhe que os sabia bem guardados, sem deixar perceber ao tirano que já tinham achado o destino nas mãos dos pobres. Almachius, mais tarde, cientificado deste fato, enfureceu-se extraordinariamente e ordenou que Cecília fosse levada ao templo e obrigada a render homenagens aos deuses.
De fato foi conduzida ao lugar determinado, mas com tanta convicção falou aos soldados da beleza da religião de Cristo, que estes se declararam a seu favor, e prometeram abandonar o culto dos deuses.
Almachius, vendo novamente frustrado seu estratagema, deu ordem para que Cecília fosse trancada na instalação balneária do seu próprio palacete e asfixiada pelos vapores d’água. Cecília experimentou uma proteção divina extraordinária e embora a temperatura tivesse sido elevada a ponto de tornar-se intolerável, a serva de Cristo nada sofreu. Segundo outros, a Santa foi metida em um banho de água fervente do qual teria saído ilesa.
Almachius recorreu, então, à pena capital. Três golpes vibrou o algoz sem conseguir separar a cabeça do tronco. Cecília, mortalmente ferida, caiu por terra e ficou três dias nesta posição. Aos cristãos que a vinham visitar, dava bons e caridosos conselhos. Ao Papa entregara todos os bens, com o pedido de distribuí-los entre os pobres. Outro pedido fora o de transformar a sua casa em igreja, o que se fez logo depois de sua morte. Foi enterrada na Catacumba de São Calisto.
As diversas invasões dos godos e lombardos fizeram com que os Papas resolvessem a transladação de muitas relíquias de santos para igrejas de Roma. O corpo de Santa Cecília ficou muito tempo escondido, sem que lhe soubessem o jazigo.
Uma aparição da Santa ao Papa Pascoal I (817-824) trouxe luz sobre este ponto. Achou-se o caixão de cipreste que guardava as relíquias. O corpo foi encontrado intacto e na mesma posição em que tinha sido enterrado. O esquife foi achado em um ataúde de mármore e depositado no altar de Santa Cecília. Ao lado da Santa acharam seu repouso os corpos de Valeriano, Tibúrcio e Máximo.
Em 1599, por ordem do Cardeal Sfondrati, foi aberto o túmulo de Santa Cecília e o corpo encontrado ainda na mesma posição descrita pelo papa Pascoal. O escultor Stefano Maderno que assim o viu, reproduziu em finíssimo mármore, em tamanho natural, a sua imagem.
A Igreja ocidental, como a oriental, tem grande veneração pela Mártir, cujo nome figura no cânon da santa Missa. O ofício de sua festa traz como antífona um tópico das atas do martírio de Santa Cecília, as quais afirmam que a Santa, nos festejos do casamento, ouvindo o som dos instrumentos musicais, teria elevado o coração a Deus nestas piedosas aspirações: “Senhor, guardai sem mancha meu corpo e minha alma, para que não seja confundida”.
Desde o século XV, Santa Cecília é considerada padroeira da música sacra e dos músicos. Sua festa é celebrada no dia 22 de novembro, dia da música e dos músicos.



3-      SANTA CECÍLIA, PADROEIRA DOS MÚSICOS

Santa Cecília viveu no século III e pertencia a uma das famílias mais
tradicionais de Roma. Assim que atingiu a maturidade, seus pais a prometeram
em casamento para um jovem chamado Valeriano, também membro da alta
sociedade local.
Mesmo contra sua vontade, Cecília aceitou a decisão de seus pais, mas pediu
que o rapaz se convertesse ao Cristianismo e respeitasse o seu voto de
castidade, concedido a Deus. Valeriano, então, foi catequisado e batizado
pelo Papa Urbano e, após o casamento, seu irmão Tibúrcio também tornou-se
cristão.
Nesta época, por ordem do alcade Almachius, era proibido o sepultamento de cristãos em Roma, mas Valeriano e Tibúrcio, desobedecendo as leis vigentes na época, dedicaram-se a sepultar todos os cadáveres de cristãos que encontravam. Ambos acabaram sendo presos e levados diante do alcaide, que lhes garantiu a liberdade caso adorassem o Deus Júpiter. Eles, porém, disseram que adorariam somente o verdadeiro Deus e seu filho Jesus Cristo. Pela recusa, foram cruelmente torturados e condenados a morte, sendo os dois
decapitados na localidade de Pagus Tropius, nas proximidades de Roma. 
Cecília foi presa quando enterrava  os corpos do marido e do cunhado. Levada a julgamento, também negou-se a adorar outro Deus, e disse  preferir a morte a ter que renegar o Cristianismo. Assim sendo, foi condenada a morte por asfixia, em uma câmara de banho turco totalmente fechada. Ao ser colocada na câmara, começou a cantar incessantemente músicas de louvor a Deus – por este motivo e pelo dom de ouvir músicas vindas dos céus, ficou consagrada como padroeira dos músicos. Passadas várias horas, Almachius ficou furioso, pois Cecília não morria e continuava a cantar. Ordenou, então, que a mesma fosse degolada, mas inexplicavelmente o soldado não  conseguiu cortar sua cabeça, sendo que Cecília somente viria a morrer três dias depois, devido aos ferimentos no pescoço. Ela foi enterrada no cemitério de São Calistus, mas o Papa Paschal I ordenou que suas relíquias fossem levadas para a cidade de Trastevere, na Itália, onde hoje se encontra a catedral de Santa Cecília. Pouco antes de sua morte, Cecília pediu ao papa Urbano que transformasse sua bela casa em um templo de orações, que todos os seus bens fossem doados aos pobres. Atualmente, na Europa, Santa Cecília é a santa que possui o maior número de igrejas e capelas, dentre todos os santos da Igreja Católica.

http://blog.cancaonova.com/revolucaojesus/2007/11/22/santa-cecilia-padroeira-dos-musicos/





ORAÇÃO À SANTA CECÍLIA

Ó gloriosa Santa Cecília, apóstola da caridade e espelho de pureza. Por aquela fé esclarecida, com que afrontastes os enganosos deleites do mundo pagão, alcançai-nos o amoroso conhecimento das verdades cristãs, para que conformemos a nossa vida com a santa lei de Deus e da Igreja. Revesti-nos de inviolável confiança na misericórdia de Deus, pelos merecimentos infinitos de Nosso Senhor Jesus Cristo. Dilatai o nosso coração para que, abrasados do amor de Deus, não nos desviemos jamais da salvação eterna. Gloriosa padroeira nossa, que os vossos exemplos de fé e de virtude sejam para todos nós um brado de alerta para que estejamos sempre atentos à vontade de Deus na prosperidade como nas provações, no caminho do céu e na salvação eterna. Amém!
Santa Cecília, rogai por nós!












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sábado, 7 de maio de 2011