É incrível como muitas vezes perdemos tempo para vigiar o trabalho de outros grupos. Por exemplo: sou violonista ou baixista de um grupo, sei do que sou capaz, mas preciso ver outro músico tocando pra poder ter minhas conclusões sobre mim mesmo. Uma espécie de massagem do ego.
Até aí tudo bem. Mas às vezes esse comportamento toma outras dimensões. Pode-se chegar até a esquecer do próprio trabalho e missão, esquecer o quanto sou pequeno, o quão pouco eu sei e o tanto que eu preciso aprender antes de me colocar na posição de jurado ou avaliador. Será que estas pessoas estão mesmo em condições de avaliar alguma coisa. De certo nem todos querem prejudicar, mas sem os devidos cuidados é só isso que pode acontecer.
Posso dizer sem medo que na maioria das vezes estes músicos tem consciência de sua incapacidade e querem (precisam) ser reconhecidos; se não pelo que fazem que seja ao menos pelo que falam, já que falar é mais fácil que fazer. E é também fácil acreditar no que se fala dos outros se sei como falar.
A necessidade de mostrar para os outros que ao menos eu sei como deve ser feito supera a minha necessidade de melhorar o pouco que sei?
Será que o que eu preciso realmente agora não é um espelho ao invés de uma lanterna?
Vamos pensar nisso. Torno a repetir: Deus merece de nós o melhor. Se eu faço bem, serei modelo e assim ajudarei mais os outros. Como tantos santos e santas de Deus que serviram mais pelo exemplo que pelos grandes atos.
Não devemos ficar estagnados no pouco que sabemos. Devemos sempre melhorar e este é um processo que deve partir de dentro pra fora e não de fora, dos outros, dos comentários. A humildade e a caridade é que devem nortear o que se fala e o que se ouve.
Abraço a todos
Fernando Lima