sábado, 24 de abril de 2010

O medo e o pecado

Desde crianças aprendemos o que é pecado. Às vezes num exagero controlador nossos pais e mestres radicalizam e tudo o que não pode ser feito é chamado de pecado. Dizem: “vai deixar o Papai do céu triste”, e muitas vezes, isso funciona.

Em muitas outras famílias a criança é educada sem limites e até mesmo sem a noção de pecado. Na verdade, isso depende muito da profissão de fé de cada um. Cada família, em sua religiosidade e expressão de fé, tem seu modo de entender e explicar esse assunto.

Vejamos. Se acreditamos que tudo foi criado por Deus - inclusive o paraíso - e que o homem e a mulher que alí habitavam foram expulsos por sua desobediência, podemos entender que a desobediência, o pecado, desagrada a Deus e quem desobedece sofre consequências. Vivemos muito tempo sob esta visão. Muitas vezes fomos tão longe com nosso pecado que acreditamos que não havia como voltar. O medo das consequências, por tudo o que ouvimos em casa, na família, ou pela vivência religiosa e textos bíblicos que lemos sobre esse assunto, fez com que vivêssemos sempre à margem do amor de Deus.

Quero dizer que não há por que ter medo. Não esperem que eu diga que não existe pecado. Existe! Não agrada a Deus e sempre nos leva para longe do paraíso. Todo pecado é pecado. Mas sempre existe perdão. O perdão deve começar dentro e nós. Perdoamos a nós mesmos, perdoamos ao outro que pecou, e juntos pedimos perdão a Deus, sem medo.

Às vezes temos mais dificuldade de perdir perdão do que perdoar. Entretanto, não esqueça que todos estão sujeitos ao pecado e todos merecem o perdão, independente do erro cometido e de quem o cometeu.

O coração de Deus é amoroso. Cheio de misericórdia. Ele é um pai ansioso em nos abraçar. O pecado nos afasta de Deus e é isso mesmo o que desagrada a ele: a distância entre o Pai e seus filhos.

Ajudemos uns aos outros. Rezemos uns pelos outros e nos perdoemos. Certamente estaremos juntos no paraiso, contemplando e adorando o Deus de amor.

Abraço a todos

Fernando Lima

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